Que faça a vontade DELE!
Que faça a vontade DELE!
Essa frase já ouvi muitas e
muitas vezes. E Em muitos casos, não compreendia de fato o que isso quer dizer,
de verdade. Lidar com a perda não é algo simples. Sempre (ao menos para mim)
foi e é difícil perder alguém próximo e que temos um grande apreço e
admiração...
Despedidas então são dificílimas porque
é como um tchau que pode virar um adeus e um nunca mais.
E que bom que a tecnologia no
século 21 tem ajudado a encurtar distâncias, aproximar pessoas e diminuir
saudades... Mas tem casos que nem o mais avançado aplicativo, a mais inovadora
ferramenta, colocará você em contato com quem você gosta!
A morte e toda sua dureza e
crueldade é quem chega sem pedir licença, chutando a porta, falando alto,
esbravejando sua autoridade, e nós, mortais que somos, temos que aceitar o fim...
Assim, sem mais nem menos.
Então, como compreender algo que
você sabe que existe e um dia irá te chamar: vem, agora é você! Como aceitar o
inevitável e não se surpreender... E quando “ela” chega do jeito que chega...
Como não sucumbir.
É na perda que admiramos, ouvimos,
sentimos, refletimos mais sobre o nosso real papel aqui (neste mundo). É na
perda que as lembranças às vezes quietas, adormecidas, no canto da alma, saltam
para fora pra dizer: hei amigo! Eu estou aqui!!!
É na perda estúpida, violenta,
irracional, que lembro-me dos que precisam tanto de mim. Daqueles que me
admiram, daqueles que chamo de “meus”...
É na perda de um colega que
aprendi a chamar de amigo que percebi o quanto éramos parecidos, o quanto
erámos semelhantes (somos tarefeiros) disse uma vez, e a frase foi repetida
outras tantas e tantas vezes...
É na perda apertada, sentida, que
lembro as chegadas, as partidas, os “gritos” “desesperados” de quem sabia que a
tua presença faria a máquina funcionar, o cartão ler, a câmera voltar a gravar,
a luz enfim iluminar, o ruído finalmente chegar ao fim...
Vou sentir muita, mas muita
saudade de você! E desejo do fundo do meu coração que tua alma esteja bem, teu
espírito em paz e que as lembranças minhas, dos “teus”, daqueles que te
conhecem, um pouco menos, ou muito mais, que as lembranças de cada um que
passou pelo teu caminho sejam a referência de que todos precisamos...
Você ensinou muito viu!
Que amizade é algo sério, que o
nosso país poderia ser infinitamente melhor, que respeito é fundamental e que gentileza,
gera gentileza.
Você nunca disse não para nada, nem
para ninguém!
Poderia dizer ao menos desta vez
NÃO né Júlio!!!
Ao menos desta vez...
Mas sei, “ela” é a tarefeira DELE! E se ELE chamou é porque precisa de você gerando gentileza por lá!
Até mais meu amigo. Sentirei
saudades!
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