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Mostrando postagens de abril 8, 2012

1 Brasileiro

São Sebastião Um gemido, um sussurro breve. Enfim, o silêncio paira no ar como as brumas de fumaça que fazem lagrimejar os olhos. A vastidão do horizonte nos faz pensar na distância, na saudade da alma e do coração. Às vezes não é bom lembrar de coisas que foram esquecidas. Muitas vezes esquecemos de propósito. Empurramos os pensamentos silenciosamente para debaixo do tapete, como se isso fosse mais fácil, mas não é. Ao embarcar naquele ônibus que fazia a linha bairro/centro, Sebastião, um brasileiro, (isso está me parecendo letra de música brega) cidadão, digno, contribuinte, não pedinte, guerreiro feroz do bom exemplo e da boa vontade, segue para mais um dia de trabalho. Na sacola o de sempre. Um pedaço de pão fatiado de dois dias mais ou menos, uma banana e a passagem de ônibus para voltar pra casa. Sebastião sobe no ônibus com o pensamento longe. Esta preocupado com as contas, casa, filhas: Gisele de quinze, Verônica de quatorze e Solange de doze. Para ele, homem