Há 100 dias

Há 100 dias vivemos o surreal.

Já se vão mais de três meses que vemos restrições ao direito básico do indivíduo: o ir e vir.

Há 100 dias a onda da Covid que chegou na Europa mais precisamente na Itália se "transformou" em um "tsunami" que segundo especialistas varreria a América do Sul e especialmente o Brasil.

Há 100 dias percebemos que somos vulneráveis, demais.

Há 100 dias escolas fecharam e junto com elas toda uma gama de segmentos: lojas, teatros, bares, restaurantes, academias, aeroportos, enfim.

Agora, aos poucos, acontece uma volta lenta e gradativa, mas o estrago esta feito.

Defendo a ideia que o lockdown não foi assertivo. Não deveríamos termos nos trancafiado em casa pensando na hipótese que o vírus ficaria do lado de fora, se cansaria e iria embora. Países que fizeram isso pagaram um preço muito caro por essa decisão.

O novo coronavírus é sério! É agressivo, mata sim, não tem cura, mas não é pra isso tudo que vimos e vemos.

A humanidade convive com doenças graves desde sempre. A cura para muitas doenças chegaram há pouco mais de 200 anos e olha lá. E se os povos do passado fizessem lockdown para cada onda de doenças que aparecesse? Quem sabe nem estaríamos aqui...

O medo e a ignorância são os combustíveis para o pânico em momentos de caos. Hoje até a OMS com todas suas aspas e poréns reconhece que errou ao mandar todos ficarem em casa, sem contar nos protocolos sanitários equivocados como: usa máscara, agora não usa, toma cloroquina, agora não toma, o vírus não aguenta o calor, agora aguenta, agora não aguenta mais (diz que morre com temperaturas acima de 34 graus) e muito mais... Então fica difícil assim.

Dependemos de um desejo, uma ordem, uma autorização para fazermos o que é mais básico: viver (na plenitude).

Não é exagero dizer que percebemos a duras penas que existe sim um mecanismo, um sistema que nos diz onde, quando e como devemos ir.

A pandemia do novo coronavírus e toda a tristeza que ela trouxe com mortes de avós, bisavós e pessoas com algum tipo de problema crônico (doenças respiratórias, cardíacas, entre outras) reforçou o nosso sentimento de vulnerabilidade.

Na Itália famílias sofreram perdas terríveis, na Espanha também e o Brasil não ficou pra trás. Isso porque existe a letalidade de um vírus que não possui vacina.

O que deveria ser feito desde o início era uma avaliação correta dos fatos, imparcial, com o foco nas pessoas, não na oportunidade de fazer uma pandemia se transformar em trampolim eleitoral como vimos em muitos estados e municípios.

A luta contra a pandemia continua, mas poderia ser um pouco mais limpa!

Há 100 dias vemos um "tranca rua" absurdo, inclusive em cidades com nenhum caso registrado. Vimos denúncias de resultados suspeitos de Covid para ganhos financeiros, vimos superfaturamento na compra de ventiladores, remédios, na montagem de hospitais de campanha, enfim... Uma farra bem a moda brasileira, o que é lamentável!

Espero que estes 100 dias não se transformem em mais 100 dias, o que seria uma calamidade sem fim.









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