Abra os olhos!

Abra os olhos!
Diariamente acordamos, levantamos e andamos. Alguns mais acordados do que outros, outros mais sonolentos, mas esta é a primeira ação de nossas vidas diárias


Já parou pra pensar na mecânica que é sua vida diariamente? Cotidianamente acordamos (abrimos os olhos), este é o momento que caracteriza o ato de acordar. Levantamos, normalmente se vai ao banheiro (liberar as enzimas da noite anterior) para então começar a se situar neste mundo de Deus!

E é assim desde que nos conhecemos por gente. A humanidade faz muitas coisas no modo automático porque isso vem desde muito tempo. Já pensou que estranho seria se você acordasse de olhos fechados (aqui não estou contemplando as pessoas que tem a deficiência da visão, viu). Então, já pensou como seria? Acordar, porém não enxergar. Tentar se locomover pela casa que você conhece tão bem, mas agora, percebe que não conhece tão bem assim. Entender que os sentidos "auxiliares" vão ter um papel fundamental daqui por diante. Esta é uma reflexão interessante de se fazer.

Diariamente acordamos, levantamos e andamos. Alguns mais acordados do que outros, outros mais sonolentos, mas esta é a primeira ação de nossas vidas diárias. Depois se come algo, bebe alguma coisa, se fala com alguém, ouve a movimentação do dia. Mas primeiro, abrimos os olhos para o mundo. Este meio em que vivemos todos nós, e que viemos fazendo isso há muito, muito tempo. 

Às vezes reflito o quanto na nossa vida fizemos as mesmas coisas. Dentro de nossas casas (aqueles que tem um teto pra habitar) seguimos um roteiro que normalmente segue a mesma linha, tem os mesmos personagens e ambientes. E falando da casa é notório que as pessoas fazem deste lugar sua fortaleza. Se antes, eram as guerras e os riscos eminentes de ataques de animais ou animais humanos, hoje, a selva de pedra das cidades (seja de qualquer tamanho) amedronta de forma cruel seus habitantes. Aqui, refiro-me ao meu país ok. Quando falamos de Brasil, não existe cidade, pequena, média ou grande que não esteja passando por uma crise profunda de segurança. Há muito tempo falo que o dia que a bandidagem descobrisse o "caminho da roça" (pequenos municípios e a quase nula segurança pública) seria o fim.

É preciso muita coragem para abrir os olhos, levantar e decidir andar desbravando as tarefas da casa, enfrentando os desafios diários de trabalho, escola, transporte, segurança, saúde, infraestrutura, enfim...Cada vez mais tenho a convicção de que as impressões que eu tinha sobre a África nos anos 80, com a fome as intermináveis guerras, não se comparam ao que vejo por aqui. Se a fome ainda não amedronta, a violência é algo desesperador. O brasileiro é um soldado! Porque vai para a batalha diária sem a certeza que voltará para casa. Estou exagerando? 

Aqui, morre mais gente de assassinato e no trânsito do que em países que estão em guerra como Síria e Iraque. Aqui, é um flagelo ter que ir a um hospital (ainda mais se for público). Aqui, é assustador encarar uma escola pública (seja pelas condições de estrutura e professores). Aqui, a imensa maioria sobrevive! Respira por aparelhos. 

Estamos sem representação e sem vontade de mudar. Não é com mensagens nas redes sociais que o país vai melhorar. É com iniciativa, fiscalização, cobrança e dando o troco para quem se diz "representante do povo", a classe política. O voto é a nossa arma de nêutrons. Só com ele faremos uma "Hiroshima" com a classe política. Ah! Este termo "classe de políticos" vale um outro texto mais pra frente. 

Mas enfim, oremos. Durma com os anjos! Porque amanhã é tudo de novo!




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