1 ano no "novo mundo"

Estamos há exatos um ano neste "novo mundo" criado a partir de um vírus que "apareceu" com caráter casual e hoje já sabemos o tamanho desta "casualidade".

Depois de passados mais de 365 dias de indefinições, indecisões, medo, tristeza, angústia, de erros, acertos, avanços e retrocessos, pergunto: não aprendemos nada?

Falando de Brasil e sempre será sobre o Brasil, será que não absorvemos nada de março de 2020 para cá?

Dia 11/03/2020 foi a data em que a OMS decretou estado de calamidade sanitária em escala mundial, o que imediatamente foi aderido por países ao redor do mundo. 

Por aqui, o então ministro da saúde Mandetta ingressou em uma campanha pelo "fique em casa, a economia a gente vê depois". Nessa época ainda as coisas estavam muito incertas sobre a força do vírus Covid-19 e naquele momento pareceu ser o melhor a se fazer.

Mas aí veio abril, maio, junho, julho...

Nesse tempo, mortes foram contadas a rodo sim, todas as mortes entraram pro censo Covid: avc, infarto, câncer, enfim, tudo virou Covid.

Como em um passe de mágica erradicamos todas doenças que tanto mal fizeram e fazem aos brasileiros, inclusive a dengue que sempre gera de pequenas a médias epidemias pais afora todos os anos.

Agora, tudo foi substituído pelo coronavirus.

Aqui dentro nosso STF retirou todos os poderes do Governo Federal obrigando o mesmo a liberar grana para financiar a compra de equipamentos médicos, passando as decisões a prefeitos e governadores. 

Isso foi em abril/2020 e como disse vieram maio, junho, julho, agosto...

Com os meses veio acompanhado a caravana do show de horrores: gente sentada sozinha no banco da praça sendo levada presa, mãe e filhos detidos em camburão da PM por caminharem a beira da praia, portas de comércio soldadas, decretos irracionais, abusivos, autoritários e criminosos escondidos atrás de uma palavra nobre mas que foi sonegada de sua dignidade - a ciência.

Pela ciência vimos um filme de horror em 2020 com sequência para os próximos anos ao que tudo indica.

Será que não aprendemos nada?

O Governo Federal liberou o cheque com bilhões de Reais para todos os estados da nossa capenga federação.

Foi dinheiro para comprar leitos, respiradores, equipamentos para proteção individual...

Porém, estes "insumos" foram adquiridos de diferentes formas: através de loja de vinhos (pois é), hospitais de campanha (que na maioria não receberam um único paciente), enfim, a farra do dinheiro público voltou ao Brasil com a oportunidade da Covid-19.

Com esse dinheiro, governadores colocaram suas contas em dia, "investiram" em outras prioridades como que "esquecendo" que quem está na CTI é o nosso país. 

Mas tudo bem porque "a economia a gente vê depois".

O Brasil não é para amadores.

Por aqui, uma elite egoísta, mimada, com "culpa social", formada por "intelectuais", "estrelas da tv", políticos "alpinistas sociais" e uma militância adestrada, repetem diariamente as mais improváveis mentiras e difamações ao chefe da nação. Realmente é um povo que vive a margem da realidade e dentro de uma bolha que se autoalimenta.

E a nossa imprensa tradicional? 

Agoniza. A classe jornalística é como um velho morimbundo isolado do mundo real em uma densa selva de falta de sensatez, envolto na mais profunda escuridão. É um senhor que não faz aquelas perguntas que aprendeu para exercer a profissão - Como? Quando? Onde? Porque? O que? Estes questionamentos são combustíveis para ajudar a iluminar a razão.

Descolados da realidade, essa turma não percebe a multidão de sobreviventes que enfrentam a Covid de peito aberto, fora de casa, da quarentena gourmet, encarando ônibus e metrô lotado, vendendo por telefone, aplicativo, se entupindo de remédios para conseguir algumas horas de sono, sem ter uma igreja ou templo para expurgar suas angústias, uma galera que sobrevive porque sabe que precisa enfrentar o problema para comer e dar de comer aos seus...

E aqueles que não podem sair para a luta o que fazem? Sofrem na patrulha do "fique em casa". Estão sem lenço, dinheiro e documento.

É uma calamidade publica formada pelo império da mentira.

Nosso país, através de uma turma que é minoria mas muito barulhenta, sofre com sua imagem manchada, rasgada e queimada lá fora. São parasitas engajados em modificar os fatos e alterar a realidade. Insistem no lockdown, acusam o presidente de genocida comparando-o a Hitler, "esquecendo" de Stalin, Mão, Fidel, Che, Chaves, combatem o tratamento precoce, pedem mais dinheiro e acreditam que Bolsonaro é a encarnação de Lúcifer na terra.

É muita falta de integridade moral e ética.

É muita falta de inteligência também.

O brasileiro comum já percebeu e não é de hoje o tamanho da maldade com o cidadão de bem e com a imagem do país.

Fato é que o Brasil está sentado em cima de um barril de pólvora e as autoridades (prefeitos e governadores) que estão com o poder concedido pelos semi-deuses do STF ignoram ou fingem não ver.

Mas vamos ter calma, "a economia a gente vê depois".


 

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