E lá vem "eles"!

Final de tarde, sol caindo no horizonte e lá vem "eles"...

De mansinho, sem alarido, em uma calma que constrange,
assusta até.

Como ter essa paz (aparente) nestas condições?
São perguntas que faço pra mim,
 a cada um que passo e vejo...

E o inquietante nisso tudo é a indiferença.

Como não perceber o outro e a situação na qual esta inserido?

Chega ser assustador a inoperância de sentimentos.

E "eles" vem
devagar...

Levantam a tampa, olham dentro,
para os lados,
Alguns tem olhar atônito,
outros miram para o chão,
ou fogem do teu olhar,
numa mistura de vergonha, raiva, incapacidade, medo...

Sentimentos mútuos (te garanto).

Até parece que "eles" se defendem de um mal maior
como um monstro, um animal selvagem,
 que vai devorá-los assim, em um piscar de olhos.

E mesmo nessa realidade "eles" tem um ar blasé de "nada mais importa".

E "eles" vem sozinhos, às vezes em turma 
e transitam a margem de quem passa.

Nas calçadas, nas ruas, a pé ou de carro,
são ignorados,
contemplados por alguns (tipo eu),
 pura compaixão...

Como mudar o sentido da roda da vida?

É fato que vivemos de escolhas e nossas decisões serão impactantes.

Ao mesmo tempo, somos a espécie mais evoluída do reino animal.
Capazes de viver em praticamente todas as condições,
do mais intenso inverno ao calor mais escaldante,
"da melhor situação a pior situação possível".

Isso é fato!

Talvez por isso vemos essa realidade social batendo em nossa cara todos os dias.

Ou você aceita e vive com isso,
ou você morre...

Porque mais um fim de tarde esta chegando,
o sol cai no horizonte
e lá vem "eles"!


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