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1 Brasileiro

São Sebastião Um gemido, um sussurro breve. Enfim, o silêncio paira no ar como as brumas de fumaça que fazem lagrimejar os olhos. A vastidão do horizonte nos faz pensar na distância, na saudade da alma e do coração. Às vezes não é bom lembrar de coisas que foram esquecidas. Muitas vezes esquecemos de propósito. Empurramos os pensamentos silenciosamente para debaixo do tapete, como se isso fosse mais fácil, mas não é. Ao embarcar naquele ônibus que fazia a linha bairro/centro, Sebastião, um brasileiro, (isso está me parecendo letra de música brega) cidadão, digno, contribuinte, não pedinte, guerreiro feroz do bom exemplo e da boa vontade, segue para mais um dia de trabalho. Na sacola o de sempre. Um pedaço de pão fatiado de dois dias mais ou menos, uma banana e a passagem de ônibus para voltar pra casa. Sebastião sobe no ônibus com o pensamento longe. Esta preocupado com as contas, casa, filhas: Gisele de quinze, Verônica de quatorze e Solange de doze. Para ele, homem

Aparências Enganam

Aparências Henry e Carl nasceram em Dublin na década de trinta. Em quarenta e cinco, mudam-se para Budapeste. O motivo, câncer: é o mal do século pensou Henry, sem dizer nada a seu irmão. Os pais tiveram morte lenta e penosa. A mãe sofria da doença na garganta e fumava muito.  Já o pai pagou um alto preço por seus infindáveis porres. Uma vez por semana secava de três a quatro garrafas de vodka: é o frio dizia ele. Para os irmãos o frio tinha outro significado. O velho acabou morrendo de câncer no estômago, seguido de cirrose múltipla. Não se pôde aproveitar muita coisa do pobre homem. Em 1955 deixam Budapeste e se mudam para a França. O destino: trabalho de garçom em um restaurante de quinta no subúrbio de Paris. Doze horas lavando pratos e cuidando da limpeza. Os clientes, os da pior espécie. Viajantes, cafetões, prostitutas, pilantras e vigaristas das mais variadas “patentes”. Mas isso pouco importava, estavam ali para trabalhar e foi isso que fizeram. A nova vida em

Dia, Diário!

  1 DIA   Lembra quando você anda pela rua, triste sozinho e solitário, onde tudo te parece dar errado. E você pensa que um dia, apenas um dia poderia ser diferente nada como hoje, mas como antigamente. Mas aí você vê que nada foi feito e que nada, nada está direito... E que culpa você tem? O que você pode fazer? Pra você, a vida é isso aí... E há momentos que você tem vontade vontade de chutar o mundo, de fugir, de sumir, pra um lugar sozinho... Se esconder de tudo, dos outros, de você. Mas e daí? O que fazer? Não esqueça, a sua vida é... É, mas um dia tudo isso acaba e você vai ter que encarar a dura realidade. Ela vai bater de frente e aí você vai entender, que para transpor essa onda é necessário viver um dia de cada vez...

Frio ou Calor?

Inverno e Verão Diz aí, tu gosta do frio ou do calor? Eu sou daqueles caras que gostam do frio. Nas conversas da redação, entre amigos, sempre frisei que moraria na Escócia, Bélgica, Islândia, sem nenhum problema. Embora nunca tenha viajado para esses países e saiba que o frio de lá é muito diferente do frio daqui, tenho simpatia pelos climas mais gelados. Agora, sou da opinião de que calor, só se for na beira da praia. E eu sei do que estou falando porque morei oito anos da minha vida sentindo a brisa do mar. Quem mora no litoral duas verdades devem ser ditas: o cara não toma banho de mar todo o dia e não sente esse calorão que nos mata nos meses de verão. Quanto ao banho de mar, existe aquela máxima de que tudo que é de mais e a tua disposição, facilmente você acaba se acostumando e aos poucos perdendo o interesse. Isso não vale pra casamento, namoro, ou qualquer tipo de relação a dois heim, não me entendam mal. Mas com relação ao verão, quando morava no litoral

Você gosta de sentir medo?

Filmes de Terror! Como é que é? Hoje quero abordar nesse espaço um assunto que gosto muito e que fez a minha cabeça na adolescência: cinema e os filmes de terror. Falo desse assunto porque aqui na redação da UPFTV nos momentos de volta do intervalo ou nas horas mais descontraídas, sempre tem aquela turma que se junta para falar do filme que está em cartaz ou de alguma produção locada por um de nossos colegas, enfim, sempre que dá nos juntamos para falar das produções, elencos, roteiros e das trilhas sonoras... Em uma dessas discussões estávamos debatendo, como nos dias atuais os ditos filmes de terror estão perdendo a sua essência: causar medo . Poderia listar aqui diversas produções recentes, Terror em Silent Hill, A Vila, O Chamado, Pânico na Floresta, O Dia do Terror, Planeta Terror, O Albergue, Eu Sou a Lenda, A Múmia, Premonição, A Casa de Cera, Jogos Mortais, Blade - O Caçador de Vampiros, Olhos Famintos, Anjos da Noite, Navio Fantasma, Van Helsing – O Caçador de Monstro

Vaidade!!!

A profunda individualidade enraizada na vaidade humana! Hoje quero falar de um assunto que diz respeito a todos nós, cidadãos do mundo civilizado moderno e emergentes do terceiro milênio. A profunda invidualidade enraizada na vaidade humana ! Achou exagero? Pare e pense comigo enquanto passa os olhos por essas linhas. Desde que nascemos para que somos criados? Para a civilidade, ok! O crescimento humano, social, profissional, ok! Uma vida boa, enfim. Nascemos e nos desenvolvemos com o artífice de que temos que nos dar bem e bem em todos os sentidos. O assunto da individualidade é polêmico, muitos acham que é necessário pensar em si primeiro porque o coletivo é conseqüência. Outros pensam que é preciso estimular a coletividade para daí aparecerem às individualidades. Ora, Fernando Pessoa já dizia “qualquer indivíduo é ao mesmo tempo indivíduo e humano: difere de todos os outros e parece-se com todos os outros”.  Quando crianças, somos individualistas por natureza. É próprio

Grite!!! Quem cala consente!

Grite!!! Grite, mesmo em silêncio, grite. Você pode. Use seus dedos e transforme sua indignação em palavras. Nesses últimos dias estive pensando sobre o quanto é importante à dignidade. Não que isso seja algo de comer, de cheirar, de sentir amor ou ódio, mas simplesmente é algo que se deve admitir, é legal. Diariamente, vemos por intermédio dos meios de comunicação, denúncias, as mais diversas. É roubo, desvio de grana, suborno, compra de voto, corrupção, enfim, coisas “normais” para o padrão brasileiro. Mas o que mais me incomoda, é o sentimento existente na nação, e posso até estar enganado, embora ache que não: que existe um conformismo, uma acomodação, uma falta de cidadania na população brasileira que é de fazer dó. É tanto comodismo por parte de nós brasileiros, e nisso eu me incluo, que isso faria um bicho preguiça se sentir o Carl Lewis, nos auros tempos do atletismo. Às vezes me pergunto: será que eu que sou chato? Será que só eu que reclamo que não está bom, que o