Grite!!! Quem cala consente!


Grite!!!

Grite, mesmo em silêncio, grite. Você pode. Use seus dedos e transforme sua indignação em palavras. Nesses últimos dias estive pensando sobre o quanto é importante à dignidade. Não que isso seja algo de comer, de cheirar, de sentir amor ou ódio, mas simplesmente é algo que se deve admitir, é legal. Diariamente, vemos por intermédio dos meios de comunicação, denúncias, as mais diversas. É roubo, desvio de grana, suborno, compra de voto, corrupção, enfim, coisas “normais” para o padrão brasileiro.

Mas o que mais me incomoda, é o sentimento existente na nação, e posso até estar enganado, embora ache que não: que existe um conformismo, uma acomodação, uma falta de cidadania na população brasileira que é de fazer dó. É tanto comodismo por parte de nós brasileiros, e nisso eu me incluo, que isso faria um bicho preguiça se sentir o Carl Lewis, nos auros tempos do atletismo.

Às vezes me pergunto: será que eu que sou chato? Será que só eu que reclamo que não está bom, que o meu dinheiro não está dando mais pra nada, que os meus estudos parecem estar ficando cada vez mais inúteis. Será que mesmo depois de 15 anos, tenho que admitir que Renato Russo tinha razão: “que país é este”.  Que país é este que renuncia seus velhos, que vira as costas para aqueles que lutaram anos de suas vidas contribuindo com a receita federal. Que país é este que exclui a sua maioria negra, colocando a vergonhosa opção de limite de vagas nas universidades para seus cidadãos. Que país é este que abandona suas crianças. Um jovem de sete anos que cheira cola, que passa fome, não vai virar cidadão da noite para o dia. Para cada ano nas ruas, necessita-se de no mínimo cinco para a ressocialização.

Se já não bastasse o escândalo em Brasília, as negociatas entre deputados, a famosa frase que pasmem, me deixou atordoado: “eu voltarei”. Ai meu Deus, e alguém duvida? Alguém tem alguma dúvida que o Severino volta para o senado? Ora, caro leitor, não sejamos ingênuos. Se você já chegou até aqui neste texto mal humorado, enfadonho e pessimista, você já é um a menos na mesmice nacional. Mas eu deixo aqui meu manifesto, se sair às ruas não adianta, é feio, o que vão pensar de mim? Então ao menos, façamos a nossa parte. Vamos escrever, denunciar, reivindicar, gritar, por meio da voz ou das palavras, mas vamos gritar. Porque é o nosso grito que pode fazer a diferença amanhã.

Li outro dia que ser cidadão é obedecer as regras e normas que ditam a nossa sociedade. É contribuir e participar nas leis, no dia a dia, na melhoria do nosso bairro, da nossa vida. Eu estou fazendo a minha parte. O próximo passo é escrever para Brasília, se alguém vai ler.....Ah! Ah! Ah! Isso jamais vou saber, na certa terá um daqueles programinhas de computador que recebem teu e-mail e respondem imediatamente com frases prontas e geladas do tipo: muito obrigado pela sua mensagem. Em breve entraremos em contato. Vou escrever e ficar no aguardo.  

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