Vaidade!!!
A
profunda individualidade enraizada na vaidade humana!
Hoje quero falar de um assunto que diz respeito a todos nós,
cidadãos do mundo civilizado moderno e emergentes do terceiro milênio. A profunda invidualidade enraizada na vaidade humana! Achou
exagero? Pare e pense comigo enquanto passa os olhos por essas linhas.
Desde
que nascemos para que somos criados? Para a civilidade, ok! O crescimento
humano, social, profissional, ok! Uma vida boa, enfim. Nascemos e nos
desenvolvemos com o artífice de que temos que nos dar bem e bem em todos os
sentidos. O assunto da individualidade é polêmico, muitos acham que é
necessário pensar em si primeiro porque o coletivo é conseqüência. Outros
pensam que é preciso estimular a coletividade para daí aparecerem às
individualidades. Ora, Fernando Pessoa já dizia “qualquer indivíduo é ao mesmo
tempo indivíduo e humano: difere de todos os outros e parece-se com todos os
outros”.
Quando
crianças, somos individualistas por natureza. É próprio da natureza humana. É o
meu brinquedo, as minhas roupas, as minhas coisas. Na escola aprendemos que
temos que colaborar com os colegas, que respeitar as individualidades é
fundamental para a vida em sociedade, mas também, temos que ser únicos,
exemplares, ótimos no que fazemos (ótimos alunos), competitivos. No começo da
vida adulta, a ansiedade da profissão a seguir, do rumo a tomar, começa a ficar
mais forte à medida que entendemos, muitas vezes a duras penas, que no mundo
não existem apenas coisas boas e fáceis, que os colegas de ensino fundamental
agora se projetam como os concorrentes de trabalho, amanhã.
A
vida moderna e competitiva diz que a qualificação é sempre necessária, o
aprimoramento humano é básico para ter sucesso no mundo do trabalho, a formação
de um líder comprometido é a chave de uma boa gestão e consequentemente o sucesso.
Mas e então? Fica difícil compreender algumas situações do dia a dia e não
pensar que o mundo caminha hoje, cada vez mais rápido, para a estagnação. Pense
bem: as situações de coletividade, ou seja, exemplos de auxílio ao próximo, de
colaboração humana e coletiva são maiores do que as manifestações de
colaboração humana individual? Se colocarmos na balança, veremos que o número
de pessoas, casos e situações individuais são infinitamente maiores do que os
casos de coletividade. È como se vivêssemos e fôssemos programados para
olharmos apenas para o nosso umbigo. Dane-se o meu vizinho, que se lasque o meu
colega, o outro que se vire, o importante sou eu. É o que eu quero, como eu
quero, do jeito que eu quero. Até que ponto seremos capazes de suportar tanta
disputa, concorrência e individualidade. Nações consideradas mais antigas,
avançadas e modernas vivem os problemas da alta concorrência em situações
cotidianas de tentativas de homicídios e casos de surtos psicóticos por pessoas
que não agüentaram mais a pressão.
Essa
é a palavra, somos formados para agüentar a pressão e se possível, não
surtarmos. Eu acredito que o ser humano é único e ao mesmo tempo coletivo, é
racional e também às vezes irracional, é contraditório muitas vezes, mas também
profundamente coerente e solidário. O homem é um ser fantástico, complexo, que
se reinventa e se recicla ao longo dos séculos. Acredito que esses tempos de
individualidade extrema do eu, eu, eu, do ter, ter, sem pensar muito no ser,
vai passar. Não sei se terei a oportunidade de conferir isso, mas acredito que
um dia, esse dia irá chegar. Enfim, vou ver meus e-mails, a vida continua.
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